Redação AE Patrimônio

O desafio de construir um patrimônio requer muita atenção ao modo como se investe o dinheiro para evitar prejuízos. Um investimento errado poderá atrapalhar todo um projeto de vida. Por isso, é preciso avaliar muito bem os riscos de comprar um imóvel direto com o proprietário, antes de fechar um negócio desse tipo.

É bem comum encontrar quem acredite que essa é uma pratica vantajosa, por ela parecer ser mais flexível do que uma compra por meio de assessoria de uma imobiliária. No entanto, essa mesma flexibilidade representa muito mais riscos do que benefícios e quase sempre resulta em um péssimo negócio para o comprador.

Pensando nisso, desenvolvemos este post, que mostrará a você exatamente quais são os riscos de se comprar um imóvel direto com o proprietário e, ainda, trará algumas dicas bastante interessantes sobre como adquirir um novo bem de maneira segura, fazendo um excelente negócio. Então, continue a leitura para saber como não colocar o seu investimento em risco. Acompanhe!

Por que se acredita que existe vantagem em comprar direto com o proprietário

Alguns fatores, em um primeiro momento, podem parecer mais vantajosos em uma compra sem a intermediação de um corretor de imóveis. Porém, uma análise mais profunda da oferta direta do imóvel pelo proprietário, torna-se possível para perceber o quanto de riscos e limitações estão agregados a ela.

Veja, nos tópicos a seguir, a outra face de tudo que defendida como vantagem em vez de risco comprar imóveis com o proprietário.

Sensação arriscada de maior flexibilidade na negociação

Quando se está lidando diretamente com o proprietário, é comum que o comprador sinta que poderá conseguir mais descontos e benefícios, já que – assim como alguns pensam – não haverá um intermediário ‘’atrapalhando a negociação’’

O que esse comprador se esquece é de que, na maioria dos casos, o corretor é dotado de técnicas avançadas de negociação e está a muito mais qualificado para atingir os objetivos determinado. Além disso, esse profissional fará de tudo para não perder a venda, o que significa que aplicará todos os seus esforços para que tanto o vendedor quanto o comprador saiam ganhando com a negociação e ela seja concretizada.

Desse modo – pode acreditar – ele conseguirá descontos e vantagens muito maiores do que as que você conseguiria sozinho e sem as técnicas e o conhecimento de mercado que só uma boa assessoria imobiliária tem.

Alguns exemplos disso são acordados para a solução de problemas no imóvel que poderiam passar despercebidos sem a atenção do corretor, descontos mais agressivos em virtude do conhecimento que ele tem de mercado, processos burocráticos mais enxutos e econômicos em função da experiência do profissional para otimizar e evitar gastos e perdas de tempo desnecessários, entre outros pontos.

Falsa economia em comissões de corretagem

Outra questão que sempre surge quando se negocia diretamente com o proprietário é o pagamento de comissões e taxas de corretagem, para muitos, é considerado abusivo. No entanto, ele deve ser entendido como a remuneração do profissional que está cuidando par que a sua negociação seja bem-sucedida e livre de prejuízos futuros ocultos.

O fato de o proprietário de um imóvel optar por vende-lo sem ajuda profissional tem um significado mais profundo e revela alguns detalhes preocupantes sobre o seu perfil. A partir dessa informação é possível questionar se a manutenção do bem, enquanto dele, foi feita da mesma forma, ou seja, sem a presença de profissionais qualificados.

Se ele optar por não gastar com corretor, pode perfeitamente não ter escolhido por não gastar com engenheiro, com arquiteto, com os alvarás de obras, com materiais de boa qualidade em possíveis reformas que tenham sido feitas, por exemplo. E, nesse caso, a falta de uma assessoria experiente na hora da venda poderia manter ocultas possíveis armadilhas no imóvel. Parece bem conveniente.

Enfim, a economia com a comissão do corretor poderá custar muito mais caro lá na frente para quem comprar esse imóvel.

Ilusão de redução burocrática

A burocracia na compra de um imóvel é um mal necessário, e existe um limite bem sutil entre otimizá-la e negligenciá-la. Por isso, é preciso observar com muita atenção se as etapas burocráticas da compra de um imóvel estão de fato sendo reduzidas ou deixando de ser feitas por falta de conhecimento ou até mesmo, má intenção.

Muitas vezes, a falta de um simples documento, dado como desnecessário na hora da compra do imóvel, pode levar a perda do bem no futuro. Portanto, a redução de burocracia não existe.

Impressão falsa de aumento das oportunidades de negócio

A busca por imóveis para negócios direto com o proprietário pode passar a falsa sensação de que está tendo acesso a oportunidades de negócio que não estariam ao alcance por meio de imobiliárias e corretores e, desse modo, se está expandido a gama de opções.

Mas o que acontece na realidade é que, na maioria dos casos, esses imóveis estão ou já estiveram nas mãos de uma assessoria imobiliária, mas, por alguma limitação do próprio bem ou das opções de negociações, acabaram não sendo vendidos.

Em muitas situações, o corretor faz recomendações em relação as condições do imóvel ou ao preço, que não são acatados pelo proprietário que, então, na expectativa de conseguir um melhor negócio – para ele – busca a venda sem a intermediação de assessoria imobiliária.