Henrique

Com a redução dos juros pela Caixa Econômica Federal, as taxas de financiamento de imóveis também caíram, a partir de 6,5% ao ano mais Taxa Referencial, somando em torno de 14%/ano. Como é de se imaginar, essa queda tem chamado a atenção de muitas pessoas que veem na modalidade uma alternativa para sair do aluguel e conquistar a casa própria.

Mas atenção: como há muito em jogo, é preciso entender cada detalhe envolvido para saber se planejar financeiramente.

Ao ler os próximos tópicos, você terá um conhecimento mais completo sobre as várias de modalidades de financiamento de imóveis, os prós e os contras de realizá-lo, dicas para escolher entre casa ou apartamento e outras questões importantes a fim de tomar a melhor decisão. Continue a leitura e descubra tudo sobre o assunto!

O que considerar ao fazer um financiamento de imóveis

A lógica é simples: No financiamento de imóveis, você pode comprar uma casa ou apartamento com recurso de terceiros. O bem é vendido à vista. O banco empresta o dinheiro para aquisição, e você paga o valor em parcelas. Às mensalidades são somadas algumas taxas, como juros e seguro. Normalmente costuma funcionar da seguinte maneira:

  • Você encontra o imóvel desejado, que pode ser novo, usado ou mesmo de uma construtora, incorporadora, ainda na planta;
  • Conhecendo o valor pedido, você faz a simulação de um financiamento de imóveis para descobrir o máximo que pode financiar, bem como calcula os valores de parcelas, o prazo de pagamento, as taxas de juros, entre outros dados;
  • A documentação do imóvel (que precisa estar regularizada) será verificada
  • Se tudo estiver certo, o banco solicitará alguns documentos e pode enviar um engenheiro até o imóvel para fazer avaliação
  • Após a assinatura do contrato, o vendedor espera cerca de um mês para receber o valor financiado

Condições de pagamento, taxas cobradas, valor máximo que pode ser financiado e prazo do contrato: todas essas variáveis oscilam bastante de banco para banco. Justamente por isso, é preciso considerar alguns detalhes antes de entrar nessa operação. Veja só!

É um projeto de longo prazo

O financiamento de imóveis pode chegar a um prazo de até 35 anos; ou seja, uma ação financeira que leva uma vida! O ideal mesmo é que todo o processo dure cerca de 15 anos, já que fica muito difícil prever em que condições estará sua família além desse prazo.

É preciso avaliar as necessidades da família

Muitas famílias optam por um financiamento de imóveis porque julgam que pagar aluguel é jogar dinheiro fora. Mas a verdade é que o aluguel nem sempre é uma desvantagem! Tudo vai depender das necessidades e do estilo de vida da sua família.

É preciso considerar, por exemplo, que os preços de imóveis no Brasil costumam ser muito caros, mesmo em momentos de recuperação econômica. Sem falar que financiar a juros altos em um longo prazo pode tornar a operação simplesmente inviável.

Por essas e outras, alugar pode sim sair mais barato. Para confirmar essa possibilidade, é preciso colocar tudo na ponta do lápis.

Também é necessário avaliar o seu perfil. Pensando que o aluguel sai mais barato que a compra, fica mais fácil morar em bairros de melhor qualidade de vida, preferencialmente próximos aos grandes centros

Para profissionais mais jovens, ter a flexibilidade de morar em qualquer lugar pode ser bem vantajoso. Além disso, o inquilino não precisa se preocupar com a manutenção ou reparos no imóvel, tornando a vida mais prática.

Por outro lado, para aqueles que miram no longo prazo, tem a vida mais estabilizada e pensam no futuro financeiro da família, o financiamento de imóveis pode ser uma ótima opção.

Se um casal inicia o contrato enquanto seu filho ainda é bebê, por exemplo. Pode conseguir quitar o imóvel antes que ele atinja a maioridade.

É pouco provável financiar 100% do valor

O financiamento de imóveis é tipo um crédito negociado entre credor e cliente, como se fosse um empréstimo e, normalmente, não é possível financiar o valor total da moradia.

A exceção, porém, está no programa Minha Casa Minha Vida, que realiza o cadastro de famílias de baixa renda. Em uma determinada faixa, o banco quita 90% do valor do imóvel e financia os outros 10%, resultando em 100% do valor do imóvel.

É necessário dar uma entrada

O financiamento de imóveis pode chegar a um prazo de 35 anos, anos; ou seja, uma ação financeira que leva uma vida! O ideal mesmo é que todo o processo dure cerca de 15 anos, já que fica muito difícil prever em que condições estará sua família além desse prazo.

O imóvel não é seu até que seja quitado

Ao longo da vigência do contrato, o imóvel ainda pertence ao banco, até que a dívida seja completamente paga. Assim como acontece com um inquilino, se você não pagar as parcelas, poderá ser despejado.

Por essas e outras, é fundamental escolher um valor de mensalidade que caiba no seu bolso. Conte inclusive com o fato de você poder passar por momentos de aperto financeiro durante o financiamento.

A compra de um imóvel não é um investimento

É comum a maioria das pessoas considerarem um imóvel como um tipo de investimento. Mas precisamos repensar esse conceito, uma vez que um imóvel próprio não gera receita, apenas despensas. Assim como um empréstimo, o financiamento é uma modalidade de crédito e não uma aplicação que trará retorno monetário.

Mesmo quem adquire um imóvel para destinar à locação precisa considerar que o rendimento do aluguel nas principais cidades do país não tem superado os 0,4%, taxa de retorno inferior à taxa da poupança. Isso sem falar nos riscos de redução do valor de aluguel e no tempo em que a moradia pode ficar vaga, apenas gerando custos.

É essencial levar em conta todos os gastos com o imóvel

Ao iniciar um financiamento de imóveis, é preciso lembrar que a entrada e as parcelas são apenas alguns dos custos envolvidos na operação. É essencial considerar também outros gastos, como:

  • Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e custos cartoriais, com valores que podem chegar a 10% do montante total do imóvel — alguns bancos e financeiras permitem que esses valores sejam incorporados às parcelas, o que facilita bastante;
  • Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), pago uma vez por ano à prefeitura — havendo impostos atrasados, você precisará regularizá-los;
  • Gastos com a mudança — apesar de óbvio, muitos compradores se esquecem de computar esse gasto.

É possível transferir o financiamento de imóveis

Se a sua preocupação diz respeito ao que fazer caso um dia não consiga mais dar conta de um financiamento de imóveis, saiba que é possível sim transferir o contrato e reaver o valor já pago – ou ao menos parte dele. Para isso, no entanto, os bancos e as instituições financeiras impõem algumas regras. É preciso tomar alguns cuidados, como:

  • Não deixar o imóvel no seu nome para que ele não fique negativado caso o novo comprador deixe de arcar com as parcelas;
  • Só entregar o imóvel depois do pagamento e da aprovação oficial do banco ou da financeira.

É preciso pensar em algumas limitações. Geralmente, por exemplo, é preciso já ter pago uma quantidade mínima de parcelas para estar apto à transferência.

Além disso, não pode haver parcelas atrasadas. Sem falar que ainda pode ser necessário pagar uma taxa para realizar a operação.

Todos esses pontos devem ser considerados na hora de decidir fazer ou não um financiamento de imóveis. Mas outro aspecto interessante está relacionado ao tempo certo de entrar nessa modalidade de crédito. A partir de agora, vamos considerar alguns detalhes para você avaliar com cuidado, ok?

Quais são os requisitos para financiar um imóvel?

O financiamento imobiliário é um recurso fornecido por diferentes bancos e, por isso, as condições e os critérios variam bastante. Mas existem alguns requisitos mínimos para seguir o empreendimento;

  • É necessário ter, pelo menos, 18 anos, ou seja, ter alcançado a maioridade civil;
  • Não ter restrição ao crédito nos órgãos de cadastro de inadimplentes, como SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e Serasa;
  • Ter formas de comprovar a renda.

Entenda melhor como funcionam esses itens abaixo:

Comprovação de renda

A comprovação de renda é uma das principais dúvidas quando o assunto é financiamento imobiliário. O objetivo do credor é saber se o usuário terá condições de cumprir com os pagamentos mensais e, com base nessa informação, o banco vai determinar o valor do financiamento.

Apesar disso, nem sempre o solicitante tem um contracheque ou holerite para fazer essa comprovação. Por isso, há outros meios de atestar sua renda, entre eles:

– IRPF — Declaração do Imposto sobre a renda da Pessoa Física;

– Decore (Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos);

– Movimentação bancária com base na emissão do extrato da conta.

O comprovante aceito depende de cada instituição financeira. Por isso, é importante verificar essa informação.

Documentos necessários

Agora é hora de reunir os documentos. Confira uma lista completa!

Documentos do comprador

– Documento oficial com foto, como RG, CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e aqueles de natureza profissional emitidos por entidades classistas, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de cada estado.

– CPF atualizado, que pode ser facilmente emitido online no site da Receita Federal. Se, no documento de identificação, já constar o número de CPF, normalmente não será necessário apresentar o registro.

– Comprovante de endereço, como conta de luz, telefone ou correspondências do banco (em nome do solicitante).

– Comprovante de estado civil, bastando levar a certidão de nascimento (no caso dos solteiros) ou a certidão de casamento.

– Declaração de Imposto de Renda do último ano. Se isento, não é necessário levar nada.

– Certidão de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União emitida pela Receita Federal.

– Comprovante de renda, como mencionado na lista anterior.

– Carteira de trabalho com cópias da folha de rosto e dos contratos de trabalho.

– Extrato do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), caso deseje utilizá-lo no financiamento de imóveis. Mais adiante, vamos explicar as possibilidades de uso desse benefício para a compra do imóvel próprio.

Documentos do vendedor pessoa física

– Documento oficial de identificação com foto.

– Declaração de atividade profissional.

– CPF, se não constar no documento de identificação.

– Certidão de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União emitida pela Receita Federal.

– Certidão de casamento ou de nascimento.

Documentos do vendedor pessoa jurídica

– Carta dos representantes da empresa com firma reconhecida em cartório.

– Certidão Negativa de Débito (CND).

– Cópia do contrato ou estatuto social registrado em Junta Comercial.

– Certidão Negativa de Débitos de Tributos e Contribuições Federais (CCN).

– No caso de estatuto social, também é necessário apresentar a Ata de Eleição da Diretoria registrada na Junta Comercial.

Documentos do imóvel

– Cópia do IPTU do ano corrente (Imposto Predial e Territorial Urbano).

– Cópia com menos de 30 dias da matrícula do imóvel.

Em todas essas listas, pode haver variações do que cada instituição vai solicitar. Por isso, faça uma consulta para garantir que nenhum documento ficará de fora.

Valor mínimo de entrada

Da forma que colocamos no artigo, é preciso ter um montante para dar de entrada no financiamento do imóvel. Afinal, são raras as opções de compra com 100% do valor financiado.

Além disso, esse valor inicial vai determinar o tamanho das parcelas, e a conta é simples: quanto maior o aporte inicial, menores vão ser os pagamentos mensais. Ele também vai impactar as taxas de juros e o tempo necessário para quitar a dívida do financiamento.

Qual momento ideal da vida para fazer o financiamento?

Boa parte das vantagens de fazer um financiamento e sair do aluguel depende das suas condições atuais e do momento da vida em que você está. Mais no início deste artigo, compartilhamos algumas desvantagens do financiamento. Agora, confira situações que podem justificar a aquisição da casa própria dessa forma!

Você pensa em ter um filho?

Aumentar a família é um ótimo motivo para deixar você fixar residência em um lugar que considerar adequado para seu bebê com segurança e tranquilidade. Nesse momento, ter sua casa própria é essencial.

Quer ter uma casa que expresse sua identidade?

Na prática, o imóvel alugado tem algumas limitações que podem incomodar. Nesse caso, por exemplo, nem sempre é possível fazer mudanças estruturais para atender às suas necessidades.

É claro que se for um apartamento ou uma casa em um condomínio, qualquer modificação desse nível deverá levar em conta as regras definidas. Mesmo assim, a liberdade é maior que a oferecida pelas normas de um locador.

Quer criar seu patrimônio?

Apesar de não ser um investimento, um imóvel fará parte do patrimônio da sua família, dando maior segurança e qualidade de vida a todos. Ao terminar o pagamento das parcelas do financiamento, o imóvel será seu.

Mesmo que, no futuro, você escolha morar em outro lugar, poderá alugar o imóvel e usar parte do valor para bancar os custos da nova casa ou do novo apartamento.

Encontrou boas oportunidades de financiamento?

Se encontrar condições facilitadas de pagamento, essa pode ser uma ótima hora para entrar no financiamento. Pode ser que você se depare com um imóvel com preço acessível e prestações que caibam no orçamento, por exemplo.

Há também iniciativas sociais que facilitam o pagamento, como o próprio programa Minha Casa Minha Vida.

Nesse cenário, o valor das parcelas varia de acordo com a renda do comprador, mas nunca ultrapassando 30% da receita. Os juros também são mais baratos que os praticados no mercado, e ainda é possível usar o FGTS

Sua vida financeira se encontra estável?

Se você pode dizer que seu emprego te possibilita ter estabilidade financeira, talvez seja uma ótima oportunidade de entrar em um financiamento e ter um patrimônio duradouro para sua família. Nesse sentido, as dúvidas normalmente são ainda menores se você é servidor público.

Você tem um plano B?

É bom pensar em um plano B ou uma receita adicional para o caso da sua fonte de renda principal falhar. Imagine se você é demitido, por exemplo. Aproveitar para montar um fundo de emergência também é uma ótima alternativa, pois ele pode segurar as pontas enquanto você organiza sua vida financeira.

E saiba: se você respondeu ”sim” para a maioria das perguntas dos intertítulos, provavelmente está no momento certo para ingressar em um financiamento de imóveis.

Como escolher entre casa ou apartamento?

Antes de comprar um imóvel, pode surgir uma dúvida aflitiva: será que é melhor morar em uma casa, ou apartamento é a opção mais vantajosa? Não existe uma resposta fechada para essa questão, mas analisando alguns prós e contras, você vai conseguir chegar a uma boa conclusão para o seu caso!

Prós e contras de comprar uma casa

Quem sonha em comprar uma casa normalmente está buscando maior liberdade. É verdade que não ter vizinhos que dividem a parede ou estão acima do teto tem muitas vantagens;

  • As chances de sofrer com barulhos de crianças brincando, música alta e passos no teto são bem menores;
  • Se você gosta de mudar móveis de lugar, isso não vai incomodar seus vizinhos;
  • Normalmente, não há regras de condomínio para seguir;
  • Você tem mais privacidade;
  • Os bichanos vão ser sempre bem-vindos;
  • Você e seus filhos poderão contar com um quintal e ar livre para o lazer.

Mas como nem tudo são flores, é importante se lembrar das desvantagens.

  • Você pode ter que desembolsar quantias altas com gastos extras para manutenção da casa, pois o imóvel fica totalmente por sua conta;
  • A casa fica mais exposta e vulnerável quando comparada a um apartamento;
  • Se sua casa tem um espaço externo maior, a limpeza será mais trabalhosa.

Prós e contras de comprar um apartamento

Agora vamos analisar o outro lado da moeda: Os apartamentos. Ao mudar para esse espaço mais enxuto, você talvez goste de algumas características:

  • A limpeza desse tipo de residência é mais fácil de ser realizada, devido ao tamanho;
  • Você não precisa se preocupar com a manutenção de diversos serviços, como hidráulica, elétrica, telefonia entre outros, pois ficam por conta do administrador;
  • Alguns deles têm áreas externas que contribuem para a socialização com outros moradores;
  • É seguro, principalmente para quem mora ou fica em casa sozinho a maior parte do dia, ou faz muitas viagens.

Apesar disso, precisamos compartilhar algumas desvantagens.

  • A falta de privacidade pode ser o calcanhar de Aquiles dos apartamentos. Dependendo do prédio, a acústica é péssima, e fica fácil escutar o que se passa na casa dos seus vizinhos;
  •  Se você não gosta de escadas, foque aquisições no primeiro andar, porque subir e descer degraus poderá se tornar um hábito diário, sobretudo em prédios mais antigos ou menores que, muitas vezes, não têm elevador.

Como é possível ver, essa escolha é muito particular, e tudo depende do perfil da sua família.

Quais são os maiores prós de financiar um imóvel?

Depois de alguns anos, o valor do imóvel costuma ser maior que o valor de compra. Pensando nisso, é importante analisar alguns fatores que impactam a valorização do bem, como proximidade do centro, construção de escolas na vizinhança, presença do comércio nas redondezas e por aí vai. É claro que esse retorno não é garantido, mas o normal é que essa valorização aconteça.

Pode se transformar em uma fonte de renda

Se você aluga o imóvel quando, esse valor torna-se da sua receita familiar fixa, conforme as condições do contrato feito com o inquilino.

Como comentamos no início do artigo, nas cidades maiores, esse retorno pode sim se mostrar insatisfatório. Afinal, o rendimento do aluguel deve ficar acima de 0,05 do valor total do imóvel para valer a pena, e o valor em grandes capitais gira em 0,4%. Porém, em cidades menores, eles podem se alterar.

Vale lembrar que o imóvel financiado pelo banco não pode ser alugado, pois, nesse caso, ele estaria sendo usado para fins comerciais, e o contrato normalmente estabelece que o imóvel deve ser ocupado para fins de moradia. Se ele foi financiado para o uso comercial, no entanto, não há problema em alugá-lo ao longo da vigência do contrato.

Com a aprovação, você ocupa o imóvel na hora

Uma grande vantagem de financiar um imóvel é que você terá uma moradia pronta para entrar assim que o banco liberar o crédito. É muito mais rápido do que se você precisasse comprar um lote e construir aos poucos, por exemplo.

É uma excelente chance de sair do aluguel 

Se você aluga o imóvel quando, esse valor torna-se da sua receita familiar fixa, conforme as condições do contrato feito com o inquilino.

Presas no aluguel, muitas pessoas gostariam de direcionar esse valor para pagamento de um bem que pode ser delas. Nesse contexto, o financiamento entra como uma das melhores opções. Com ele, afinal, você sai da condição de inquilino imediatamente, com o dinheiro que seria gasto com a locação sendo redirecionada para casa própria.

É permitido usar o FGTS

Como vimos nos itens anteriores, a lei permite o resgate do FGTS em algumas situações, incluindo a compra de um imóvel. Você pode, portanto, usar esse valor para dar uma boa entrada em um financiamento!

SAIBA COMO UTILIZAR O FGTS DE MANEIRA INTELIGENTE

Quais são os contras de financiar um imóvel?

No entanto, assim como tudo na vida, o financiamento de imóveis também tem suas desvantagens. E é sobre isso que falaremos a seguir. Acompanhe!

Os custos ficam nas mãos do dono

Um imóvel demanda custos de manutenção, além de gastos com impostos. IPTU, reformas e obras: essas são apenas alguns dos gastos que surgem quando você é proprietário. São justamente eles que podem acabar reduzindo a rentabilidade do empreendimento.

Talvez não seja tão fácil alugar ou repassar

Dependendo do cenário econômico e da região onde o imóvel está localizado, pode ser bem difícil alugá-lo por um preço vantajoso – basta lembrar os dados de rentabilidade que compartilhamos. Nesse contexto, o proprietário pode acabar com um imóvel vazio, só gerando custos.

E é possível encontrar a mesma dificuldade caso deseje desistir do empreendimento. Afinal, achar alguém apto a arcar com o financiamento, o aluguel e outras despensas rotineiras, você pode acabar acumulando dívidas.

A longa duração pode ser um risco

Como vimos, o financiamento de imóveis é um empreendimento de longo prazo. O problema é que esse horizonte distante torna a aplicação um pouco imprevisível.

E se sua situação financeira sofrer um revés, e você não conseguir mais arcar com as parcelas? Sem contar que a não manutenção do imóvel por falta de recursos pode fazer a propriedade perder valor.

É melhor comprar à vista ou financiar?

Do ponto de vista matemático, juntar o valor para comprar à vista é sempre mais vantajoso, por diversos motivos:

  • O valor à vista é livre de taxas de juros e de outros custos administrativos, de modo que sai bem mais barato;
  • Com o montante em mãos, você consegue negociar descontos bem vantajosos. Uma pechincha de 5% em cima de R$ 300 mil, por exemplo, representa uma economia de R$ 15 mil;
  • Com o montante em mãos, você consegue negociar descontos bem vantajosos. Uma pechincha de 5% em cima de R$ 300 mil, por exemplo, representa uma economia de R$ 15 mil;

Você terá a chave da sua casa no bolso e nenhuma dívida na carteira.

Quais são as melhores formas de financiamento?

São três as principais formas de ingressar em um financiamento de imóveis: em um consórcio, pela construtora ou pelo banco. Entenda as diferenças entre essas modalidades!

Construtora

O financiamento de imóveis pela construtora costuma ser mais flexível, uma vez que você negocia diretamente com a empresa. Tende a ser uma opção muito vantajosa a quem quer adquirir propriedades acima de R$ 500 mil e quitar as parcelas em curto prazo.

Como a negociação é feita diretamente com a construtora, as regras para a aprovação do crédito são, em geral, menos rígidas. Além do mais, se não for possível cumprir as regras do contrato com o passar do tempo, também costuma ser mais fácil chegar a um acordo.

A grande desvantagem aqui está nos juros, que chegam a 12% ao ano, fora o reajuste após a entrega das chaves, o que eleva o valor final do imóvel. E mais: já que se trata de uma negociação com uma empresa privada, caso ela vá à falência, você corre o risco de não recuperar o dinheiro investido.

Além do mais, é preciso lembrar que, para entregar as chaves, você normalmente precisa ter quitado por volta de 30% do valor total do imóvel.

Banco

O financiamento bancário facilita a vida de quem precisa do imóvel próprio, mas não tem dinheiro para pagar à vista. Nesse caso, são adotadas duas modalidades:

– Sistema Financeiro da Habitação (SFH);

– Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).

Sistema financeiro da habilitação (SFH)

O SFH é um sistema criado pelo governo federal para facilitar a compra da casa própria por pessoas de baixa renda. Os valores de financiamento são inferiores a R$ 500mil, com juros que não ultrapassam 12% ao ano.

É, portanto, o modelo mais tradicional e popular. Nessa modalidade, são usados recursos do FGTS e da caderneta de poupança para dar crédito aos compradores. O programa Minha Casa Minha Vida entra aqui.

Sistema de financiamento imobiliário (SFI)

Se você está de olho em um imóvel mais caro que o valor máximo permitido pelo SFH, sua opção será o SFI. Não há um teto nessa modalidade, e o crédito pode chegar a 90% do valor do imóvel.

Obviamente, o comprador terá que comprovar renda proporcional ao crédito que almeja. É preciso ficar atento, uma vez que se o valor financiado estiver fora da caixa do SFH, os juros podem ser bem maiores, ficando entre 12% e 16% ao ano.

Outra diferença importante entre as modalidades diz respeito ao prazo aceitável de inadimplência para a perda da propriedade. No SFH, o usuário tem três meses para resolver o problema. No SFI, o prazo cai para 15 dias após recebimento da devida notificação legal.

Consórcio

Sabia que o consórcio de imóveis é uma das alternativas de financiamento que mais crescem no país? Para você ter uma ideia, segundo dados da Associação Brasileira de Administradora de Consórcio (Abac), a modalidade cresceu 26,4% só em 2017! Mas o consórcio funciona de modo diferente dos financiamentos de imóveis tradicionais.

Trata-se de uma reunião de um grupo que deseja comprar um determinado tipo de bem ou contratar algum serviço. Os consorciados pagam mensalidades para, a cada mês, pelo menos um deles serem contemplado, recebendo sua carta de crédito para compra do imóvel.

Se quiser aumentar suas chances de ser contemplado, o consorciado pode dar lances – e é possível usar o seu FGTS para isso. De toda forma, todos os participantes recebem sua carta de crédito no fim do empreendimento.

A grande vantagem aqui é que o consorciado não precisa dar uma entrada nem pagar juros, já que não se trata de um empréstimo, mas sim de uma reserva. Por outro lado, ele terá que arcar com taxas de administração, adesão, seguro e fundo de garantia, de acordo com as regras da administradora.

Além disso, ao contrário de financiamento de imóveis, em que o comprador recebe o imóvel mais rapidamente, o consorciado não pode ter pressa, pois precisará esperar a contemplação ou fim do plano, o que acontecer primeiro.

É fundamental, assim, colocar os juros do financiamento na ponta do lápis, bem como pensar sobre sua urgência para definir qual estratégia de compra vale mais a pena.

Após a leitura deste guia completo, esperemos ter compartilhado pontos de vista relevantes para ajudar na sua tomada de decisão com relação ao financiamento. Analise com cautela o seu momento de vida e veja se esse compromisso de longo prazo é melhor opção.

Caso de fato opte por adquirir um imóvel próprio pelo financiamento, analise as informações e os requisitos que destacamos para fazer um negócio bem-informado!

Independentemente da opção, é importante gerenciar as contas do dia para não ter problemas com o financiamento de imóveis.

Henrique

Cursando Gestão em Marketing e apaixonado por Marketing Digital & Conteúdo estou sempre em busca de novos conhecimentos.