Henrique

O setembro amarelo é uma campanha criada com a intenção de informar para todas as pessoas sobre o suicídio, uma atitude que normalmente é motivada pela depressão. Mesmo com tantos casos notórios, crescentes a cada ano, ainda existe uma expressiva barreira para falar sobre o problema.

Segundo dados recolhidos em 2012 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas dão cabo a própria vida todos os anos, sendo 75% destes indivíduos moradores de países de baixa e média renda. Estima-se que no mundo acontece um suicídio a cada 40 segundos.

Nos dias de hoje, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre os jovens com idades entre 15 e 29 anos. Todos os dias, pelo menos 32 brasileiros tiram suas próprias vidas. Todos esses números poderiam ser reduzidos consideravelmente se existissem políticas eficazes de prevenção ao suicídio.

Como foi o início do Setembro Amarelo?

A campanha teve início no Brasil, em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). As primeiras atividades realizadas pelo Setembro Amarelo aconteceram na capital do país, Brasília. Entretanto, já no ano seguinte várias regiões de todo o país aderiram ao movimento e também participaram.

A Associação internacional a Prevenção do Suicídio (IASP) estimula a divulgação da causa em todo mundo no dia 10 de setembro, data qual é comemorado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Esta data foi criada em 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial da Saúde, com o objetivo de prevenir o ato do suicídio, por meio de adoção de estratégias pelos governos dos países. Neste dia, realizam-se cerca de 600 atividades em 70 países do mundo para salvar vidas.

Saiba quais são os objetivos do Setembro Amarelo

O principal objetivo da campanha Setembro Amarelo é a conscientização sobre a prevenção do suicídio, alertar a população a respeito da realidade da prática no Brasil e no mundo. Para o Setembro Amarelo, a melhor forma de se evitar um suicídio é através de diálogos e discussões que abordem o problema.

Suicídio é o ato de tirar a própria vida intencionalmente. Também faz parte deste comportamento os pensamentos suicidas, planos e tentativas de morte, assim como os transtornos relacionados ao problema.

Durante todo o mês de setembro, ações são realizadas a fim de sensibilizar a população e os profissionais da área para os sintomas desse problema e para a saúde mental.

Assim, fazendo-os entender que isso também é uma questão de saúde pública. Infelizmente para muitos, o suicídio ainda não é visto como um problema de saúde pública, mas sim uma espécie de fraqueza de conduta ou personalidade.

Como identificar alguém que precisa de ajuda e corre risco de suicídio?

Pessoas sob risco de suicídio podem:

  • Apresentar comportamento retraído, dificuldades para se relacionar com família e amigos;
  • Casos de doença psiquiátricas como: transtornos mentais, transtornos de humor (depressão, bipolaridade), transtornos de comportamento pelo uso de substâncias psicoativas (álcool e drogas), transtornos de personalidade, esquizofrenia e ansiedade generalizada;
  • Apresentar irritabilidade, pessimismo ou apatia;
  • Sofrer mudanças nos hábitos alimentares ou de sono;
  • Odiar-se, apresentar sentimento de culpa, sentir-se sem valor ou com vergonha por algo;
  • Ter um desejo súbito de concluir afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento;
  • Apresentar sentimentos de solidão, impotência ou desesperança;
  • Ter doenças físicas crônicas, limitantes e dolorosas, doenças orgânicas incapacitantes como dores, lesões, epilepsia, câncer ou Aids;
  • Apresentar personalidade impulsiva, agressiva ou humor instável;

Quais os sintomas de depressão que levam ao suicídio?

Se você está deprimido ou angustiado, sem vontade de viver, é fundamental buscar ajuda o mais rápido possível. Existem alternativas ao suicídio e buscar auxilio adequado é o primeiro passo. Os acompanhamentos médicos e psicológicos são as maneiras mais eficazes de tratamento.

As pessoas que pensam em suicídio normalmente estão tentando fugir de uma situação da vida que lhes parece insuportável, buscando por:

  • Sentirem-se envergonhadas, culpadas ou por se acharem um peso para os demais;
  • Sentirem-se vítimas;
  • Sentimento de rejeição, perda ou solidão

O que leva a comportamentos suicidas?

Os comportamentos suicidas são causados por situações que as pessoas encaram como devastadoras. Por exemplo:

  • Depressão ou transtorno bipolar;
  • Morte de uma pessoa querida;
  • Trauma emocional;
  • Desemprego ou problemas financeiros;
  • Algum membro da família que cometeu suicídio;
  • Histórico de negligência ou abuso na infância;
  • Não aceitação do envelhecimento;
  • Término de relacionamentos;
  • Não aceitação da orientação sexual ou identidade de gênero;
  • Dependência de drogas ou álcool.

Como ajudar?

Para ajudar uma pessoa com comportamentos suicidas, algumas ações são fundamentais, como:

  • Ouvir, demonstrar empatia e ficar calmo;
  • Ser afetuoso e dar o apoio necessário;
  • Levar a situação a sério e verificar o grau de risco;
  • Perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos suicidas;
  • Conversar com a família e amigos imediatamente;
  • Remover os meios para o suicídio em casos de grande risco;
  • Contar a outras pessoas, conseguir ajuda;
  • Permanecer ao lado da pessoa com o transtorno;
  • Procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;
  • Aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento;
  • Demonstrar preocupação e cuidado constante.

O que não fazer

Jamais ignore a situação de uma pessoa com comportamentos e pensamentos suicidas. Não entre em choque, fique envergonhado ou demonstre pânico. Não tente dizer que vai ficar tudo bem, diminuindo a dor da pessoa, sem agir que pareça dessa forma.

A principal medida é não fazer com que o problema pareça uma bobagem ou algo trivial. Não dê falsas garantias e nem jure segredo, procure ajuda imediatamente. Principalmente, não deixe a pessoa sozinha em momentos de crise e nem julgue por seus atos.

Recursos da comunidade e fontes de apoio

Para pessoas com pensamentos suicidas, os primeiros recursos ou fontes são:

  • Família;
  • Amigos e colegas;
  • Unidades de Saúde: CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), Unidades de Saúde da Família, consultórios psicológicos, urgências psiquiátricas;
  • Profissionais da Saúde: médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, agentes da saúde;
  • Centros de apoio emocional: CVV (Centro de Valorização da Vida), ligue para o 188.

A grande maioria das mortes por suicídio podem ser evitadas e o diálogo sobre o assunto é o melhor jeito de se fazer isso. Se você ou alguém que você conhece possui pensamentos suicidas, peça ajuda.

A AE Patrimônio tem total empatia com a vida de seus colaboradores e os apoia a cuidar da saúde mental acima de tudo, a vida é nosso maior bem!

 

Henrique

Cursando Gestão em Marketing e apaixonado por Marketing Digital & Conteúdo estou sempre em busca de novos conhecimentos.